Salve o Dia 04 de Dezembro!
Eparrei Oyá!
Da mitologia africana herdamos os seguintes conceitos:
Senhora da Tarde, Dona dos Espíritos, Senhora dos Raios e das Tempestades.
Oyá, mais conhecida no Brasil como Yansã.
Oyá recebeu, de Olorun (Deus), a missão de transformar e renovar a natureza através do vento, que ela sabe manipular. O vento nem sempre é tão forte, mas, algumas vezes, forma-se uma tormenta, que provoca muita destruição e mudanças por onde passa, havendo uma reciclagem natural. Normalmente, Oyá sopra a brisa, que, com sua doçura, espalha a criação, fazendo voar as sementes, que irão germinar na terra e fazer brotar uma nova vida. Além disso, esse vento manso também é responsável pelo processo de evaporação de todas as águas da terra, atuando junto aos rios e mares. Esse fenômeno é vital para a renovação dos recursos naturais, que, ao provocar as chuvas, estarão fertilizando a terra.
Apesar de dominar o vento, Oyá originou-se na água, assim como as outras yabas, que possuem o poder da procriação e da fertilidade. Está relacionada com o número 9, indicativo principal do seu odú. Oyá está associada ao ar, ao vento, a tempestade, ao relâmpago/raio (ar+movimento e fogo) e aos ancestrais (eguns). Na Nigéria ela é a Senhora do rio Niger. É a menina dos olhos de Oxalá, seu protetor, e a única divindade que entra no Ibalé dos Eguns(mortos). Oyá tem ligações com o mundo subterrâneo, onde habitam os mortos, sendo o único orixá capaz de enfrentar os eguns. Entre as individuações da multifacetária Iansã, uma delas é como Senhora dos Cemitérios.
Impetuosa, guerreira e de forte personalidade, é reverenciada no culto dos eguns. Em yorubá, chama-se Odò Oyà.
Oyá, segundo a mitologia, é um orixá muito forte, enfrentando a tudo e a todos por seus ideais. Não aceita a submissão ou qualquer tipo de prisão. Faz parte de sua indumentária a espada curva (alfanje), o erukere, que usava para sua defesa, além de muitos braceletes e objetos de cobre.
Sua dança é muito expansiva, ocupando grande espaço e chamando muita atenção.
Duas espadas e um par de chifres de búfalo representam a imagem de Oyà.
Suas contas são vermelhas ou tijolo, o coral por excelência, o monjoló (uma espécie de conta africana, oriunda de lava vulcânica).
Seus símbolos são: os chifres de búfalo, um alfanje, adaga, eruesin [eruexin] (confeccionado com pelos de rabo de cavalo, encravados em um cabo de cobre, utilizado para "espantar os eguns").
Com Oxalá aprendeu sobre o uso do raciocínio e o dom da paciência. Por isso ela não desiste facilmente de seus objetivos, sabendo esperar o momento certo para conquistá-los. Oyá é puro movimento. Não pode ficar parada, para não extinguir sua energia. O vento nunca morre, ele está sempre percorrendo novos espaços.
Conceito de Iansã na Umbanda
Para a Umbanda, ao contrario do Candomblé (que assume o conceito integral africano), o Orixá não é uma pessoa mas sim uma força divina, emanada de Deus através de Oxalá (Jesus).
Não se tem vários Deuses na Umbanda, mas sim um só Deus, que se divide em três pessoas Pai (Jeová, Javé, Zambi, Olorum), Filho (Jesus, Oxalá, Oxâguiã, Oxalufâ, Orumila, Obatalá), espirito Santo (espirito Santo de Deus, Ifá o senhor da adivinhação), A Santíssima Trindade.
Através de Jesus(Oxalá) que é a Luz Branca, de onde se originam todas as outras cores, assim como no conceito do disco de Newton, ou no arco íris que a luz branca, quando inside sobre gotículas de agua na atmosfera divide-se em sete cores, assim o poder de Deus se divide e se manifesta de diversas maneiras.
Estas forças divinas que agem sobre a terra é que conhecemos como Orixás. E cada Orixá é responsável pela magnifica maestria da natureza bem como suas personalidades.
Quando dizemos que Ogum é este ou aquele santo ou Xangô é este ou aquele profeta, assim como todos os outros Orixás, estamos dizendo que neles aquela força específica de Deus se manifesta de forma mais contundente (a força Orixá).
E assim o é Iansã, nossa mãe Iansã (Santa Bárbara), poderoso Orixá dos ventos, tempestades e movimento. Que é transformador como a tempestade, e inquieto como vento e é também o ar que sustenta a vida, sem o ar não há vida na terra. Todos os seres vivos dependem do ar para viver, assim dependemos, cada um de nós diretamente de nossa mamãe Iansã. Como ar ela também esta presente a nossa volta todos os segundos de nossa vida, do nascimento à morte.
Arquétipo (modelo)
Arquetipicamente, Iansã é a mulher guerreira que, em vez de ficar no lar, vai à luta.
Características dos filhos de Iansã.
Os filhos de Iansã são guerreiros e estão sempre prontos a lutar por alguém ou por algum ideal.
Defendem seu ponto de vista com a energia que lhe é peculiar.
Diferentemente dos filhos de outros Orixás são aqueles que fazem a linha de frente em uma batalha.
Diametralmente opostos aos estrategistas e tão necessários quanto estes nada temem quando defendem um objetivo, tem mais disposição para a luta portanto, são a linha de frente em qualquer demanda.
Não tem medo de transformar sua vida ou seus objetivos quando chegam a conclusão que aquele não é o seu caminho. Tem a coragem transtornadora da tempestade.
Não são compreendidos muitas vezes pela sua energia e qualquer luta por pequena que seja merece a sua maior atenção e disposição enquanto para outros pareceria trivial os filhos deste Orixá não deixam por menos e lutam para que o seu objetivo seja alcançado.
Sempre se destacam em eventos o que gera um certo medo, no Rio de Janeiro é conhecido o ditado que os filhos de Xangô e filhos de Ogum não podem com os filhos de Iansã.
Os filhos de Iansã como os filhos de outros Orixás tem grandes qualidades e seus defeitos, não há o que se comparar entre esses ou aqueles, na verdade todas as características são importantes no caso apropriado.
Fonte de pesquisa: adaptado para nosso ensinamento
http://www.rosanevolpatto.trd.br/deusaiansa.htm
http://guardioesdaluz.com.br/iansaafro.htm
http://www.umbandanossa.hpg.ig.com.br/iansa.htm
http://www.umbandaracional.com.br/iansa.html
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