Triste Retorno
Conhecemos vários médiuns que frequentavam e prestavam a caridade em diversos terreiros. Após algum tempo de frequência, porque não possuíam fé inabalável nem base doutrinaria e carentes de entendimento espiritual, duvidavam que recebessem guias...
E terminavam por abandonar a Umbanda, afastando-se dela por um lapso de tempo mais ou menos longo, retornando depois, cabisbaixo e tristes.
Conversamos com muitos deles e perguntamos por que haviam deixado de trabalhar, se já estavam desenvolvidos. A resposta veio vaga e imprecisa:
- Ah, eu não tinha fé. Não acreditava estar com orixá (orixá aqui no sentido de guia) incorporado... Não procedia de modo estranho aos seus hábitos normais?
– É ... mas, as vezes, eu sabia o que estava fazendo, embora não fosse eu... Compreendemos, logicamente, a situação desses médiuns. Eram ou são semiconscientes com tendência à inconsciência. Isto é, o orixá (o guia) agia por seu intermédio, sem tirar-lhes a consciência total. Com esforço de memória, esses médiuns podem lembrar-se do que fazem, quando incorporados. Se os filhos de santo que se omitiram na missão houvessem estudado a respeito da mediunidade, jamais teriam abandonado a religião, permanecendo descrentes do Espiritualismo.
São como pombas que se afastaram dos pombais e mais tarde voltam a eles. Só que regressam abatidos, desanimados, sofrendo as consequências do gesto inadvertido, confessando que estiveram apanhando... Tais pessoas necessitam urgente de doutrinação, de esclarecimento, de compreensão. Por isso sempre afirmamos que Umbanda não é somente incorporação, trabalhos e rituais. Há algo mais além das práticas devocionais exteriores. A par da ritualística existe a espiritualização interior, que dá o entendimento necessário e sustenta o filho em suas dúvidas, fortalecendo lhe a fé, a convicção, a certeza da verdade redentora e consolando-o nas horas de angústia e incertezas, por que todos passamos, dentro ou fora dos terreiros, mas que só os esclarecidos podem suavizar a intensidade e o peso dos males, graças ao entendimento que possuem da complicada, mas sábia lei universal.
E terminavam por abandonar a Umbanda, afastando-se dela por um lapso de tempo mais ou menos longo, retornando depois, cabisbaixo e tristes.
Conversamos com muitos deles e perguntamos por que haviam deixado de trabalhar, se já estavam desenvolvidos. A resposta veio vaga e imprecisa:
- Ah, eu não tinha fé. Não acreditava estar com orixá (orixá aqui no sentido de guia) incorporado... Não procedia de modo estranho aos seus hábitos normais?
– É ... mas, as vezes, eu sabia o que estava fazendo, embora não fosse eu... Compreendemos, logicamente, a situação desses médiuns. Eram ou são semiconscientes com tendência à inconsciência. Isto é, o orixá (o guia) agia por seu intermédio, sem tirar-lhes a consciência total. Com esforço de memória, esses médiuns podem lembrar-se do que fazem, quando incorporados. Se os filhos de santo que se omitiram na missão houvessem estudado a respeito da mediunidade, jamais teriam abandonado a religião, permanecendo descrentes do Espiritualismo.
São como pombas que se afastaram dos pombais e mais tarde voltam a eles. Só que regressam abatidos, desanimados, sofrendo as consequências do gesto inadvertido, confessando que estiveram apanhando... Tais pessoas necessitam urgente de doutrinação, de esclarecimento, de compreensão. Por isso sempre afirmamos que Umbanda não é somente incorporação, trabalhos e rituais. Há algo mais além das práticas devocionais exteriores. A par da ritualística existe a espiritualização interior, que dá o entendimento necessário e sustenta o filho em suas dúvidas, fortalecendo lhe a fé, a convicção, a certeza da verdade redentora e consolando-o nas horas de angústia e incertezas, por que todos passamos, dentro ou fora dos terreiros, mas que só os esclarecidos podem suavizar a intensidade e o peso dos males, graças ao entendimento que possuem da complicada, mas sábia lei universal.
Texto retirado do livro: “Conheça a Umbanda”
Autor: J. Edison Orphanake
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