Mistificação Mediúnica
Há um conceito espiritualista de que todos somos médiuns em maior ou menor grau. Baseado nesse princípio, de todos podermos servir de interprete dos espíritos, muita gente esta rodopiando nos terreiros, julgando estarem incorporados, a mistificar sem saber. Se o “médium” mistifica, é ele mentiroso?
E onde a causa da irregularidade?
Para compreensão do assunto explicamos três fatores concorrentes para a falha:
E onde a causa da irregularidade?
Para compreensão do assunto explicamos três fatores concorrentes para a falha:
a) O conceito do dom mediúnico geral presta-se a confusão, pois, há a mediunidade ativa, na qual o médium necessita realmente trabalhar, ou como missão, ou por fator de evolução ou ainda como trabalho extra, decorrente de dívidas do passado, tendo, daí, obrigação de desenvolver a faculdade que lhe é peculiar; entretanto, há também, a mediunidade latente, em que o indivíduo não precisa desenvolvê-la na presente encarnação só o fazendo em futuras vidas. Este ponto é perfeitamente compreensível, porquanto, sendo ele um espirito na matéria, possui todos os atributos espirituais, mas, no seu caso, adormecidos no subconsciente, ainda sem condições de desabrochamento.
b) Tanto nos casos de obsessão como nos de mediunidade ativa, há sempre um espirito acompanhando o irmão. Na mediunidade é o guia que esta presente, procurando acasalar ambas as vibrações para posterior incorporação, na obsessão, é o espirito obsessor que encosta na vítima, salpicando-lhe a aura de fluidos enfermiços, dando-lhe sugestões erradas, desviando-o do caminho certo, incutindo conduta irregular, enfim, alterando-lhe o comportamento;
c) Existem duas categorias de transe: o mediúnico e o hipnótico, cuja diferença consiste em que, na primeira, um espirito guia, protetor, anjo, etc. Assiste o médium em seu trabalho, mas na segunda, inexiste espirito algum e sim é a própria pessoa hipnotizada quem atua, levada pelo estado inconsciente a imitar o transe mediúnico, acreditando-se realmente incorporado.
Mataram a charada? Pois bem, vejamos o que acontece: comparecendo ao terreiro o irmão com problemas, é ele submetido a uma analise, muitas vezes, superficial de seu caso, pelo chefe da tenda ou dirigente de sessão espirita. Como ambos, chefe e dirigente, não possuem vidência nem conhecimento do assunto e mal assessorados por falsos guias, são levados a confundirem obsessão com mediunidade, tomando o obsessor por guia, e aconselham indevidamente apenas o desenvolvimento mediúnico. O irmão, que tem somente obsessão e não mediunidade, passa a frequentar o centro, em fase de desenvolvimento, cuja situação é idêntica a um treinamento auto-sugestivo proporcionado pelos pontos cantados, cheiro de defumador, ritmo de atabaques, rituais, atos, etc., culminando por sugestionar-se e entrar em transe hipnótico.
Texto retirado do Livro: Conheça a Umbanda
autor: J. Edison Orphanake
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